segunda-feira, julho 21, 2008

Um misto de euforia e agonia me invadiram o peito e fui caminhar na Grande Avenida que corta a cidade. Se o tema era caos, eu precisava ir para o centro dele, ir até o fim nessa confusão em que escolhi me meter. Olho para os dois lados duas vezes antes de atravessar o mar de sons dilacerantes dos automóveis que sobem pelos prédios e se expandem pelas antenas de TV. Foi quando parei e não fumei um cigarro. Bebi água enquanto avistava um passarinho.
Ele se aproximou de mim e pousou no meu ombro esquerdo, falando baixinho:
- São Paulo é como a morte. Um dia chega para todo mundo.