segunda-feira, junho 26, 2006

Jazia cansado sentindo dores nos músculos da perna. A cabeça rodava e já não podia estabelecer o limite entre o real e o imaginário. Na mão, uma lambida do seu cachorro, afável e convidativo para uma brincadeira.
Tanta coisa aconteceu nessas últimas semanas que, tento agora um tempo livre, deitou-se no sofá entorpecido passando pela sua cabeça mil pensamentos.
Polichinelo.
O exercício que precedia a longa jornada de esforço físico no exército também precedia seu processo de perda de identidade. Mais de cinquenta homens dormindo no mesmo estabelecimento, repetindo todos os dias palavras de honra e morte a qualquer custo, empunhando armas compradas de segunda mão de outros governos com os mesmos cortes de cabelo e os mesmos uniformes.
Polichinelo um dois três.
No exército há pouco tempo para os livros e o tempo passa devagar. Os dias sombrios, gritos, dor.
Seu amigo empunha um rifle a noite no banheiro a espera do supervisor. Decidido a dar fim na sessão de humilhação que vem sendo exposto perante o batalhão.
Encontram-se a meia noite. O amigo iria decidir o destino do grupo. Foram pegos de supresa.
Polichinelo. Um dos três vai morrer.

Jazia cansado sentindo dores nos músculos da perna. A cabeça rodava e já não podia estabelecer o limite entre o real e o imaginário. Na mão, uma lambida do seu cachorro, afável e convidativo para uma brincadeira.

É cada vez mais dificil levantar da cama.

3 comentários:

  1. sinto falta de imagens.... ;)

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  2. Allons ! Enfants de la Patrie !

    Le jour de gloire est arrivé !

    Contre nous de la tyrannie,

    L'étendard sanglant est levé ! (Bis)

    Entendez-vous dans les campagnes

    Mugir ces féroces soldats ?

    Ils viennent jusque dans vos bras

    Égorger vos fils, vos compagnes.

    Aux armes, citoyens !

    Agora, triste, a torcida vai às urnas.

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