quarta-feira, janeiro 11, 2006

Os pobres colonos não ousaram pôr o pé fora de casa embora os mantimentos já começassem a escassear. Quando no terceiro dia o número de índios aumentou - os informes dão o número entre quarenta e sessenta - os sitiados, vendo-se cer cados por todos os lados ameaçados pela fome e falta de munição e prevendo que os bugres se preparavam para um sério ataque - eram evidentes os sinais manifestados por todos os cantos: imitavam sons de animais respondidos mais adiante - viram-se obrigados a abandonar todos os pertences para salvar a própria vida. Esgueirando-se sorrateiramente da casa vigiada até as duas canoas e remando apressadamente, puseram-se em fuga rio Itajaí abaixo, o único caminho que tínham para a salvação.
Mas, novamente, só por mero acaso escaparam de um ataque fatal, pois os índios, tão logo perceberam a fuga, os perseguiram , e já distantes na margem do rio os fugitivos os divisaram, a observá-los de longe, e alguns chegaram até me smo à beira do Rio, mas por fim desistiram da perseguição.
Em Salto Pilão os fugitivos desenbarcaram e vencendo enormes dificuldades , abrindo caminho através da selva, levando crianças nos braços e nas costas, chegaram , após acelerada marcha, aos moradores estabelecidos acima do rio Neiss e, onde foram acolhidos e hospedados.
Na quinta-feira dia 24, um grupo de 50 pessoas alcançavam o teatro da tragédia, para sepultar os cadáveres e recolher algum gado que tivesse escapado.