quarta-feira, janeiro 11, 2006

Ao mesmo tempo que se deve reconhecer a corajosa intervenção da Senhora Beselin e seu marido, cumpre também condenar a atitude indigna de outro morador daquela região. Este , um brasileiro, de nome Januário que enquanto os outros ac udiam seus vizinhos, combatendo e afugentando os bugres, junto com sua mulher covardemente iniciou a fuga. Para salvar sua pele, pois outra coisa não tinha a perder, apoderou-se de uma das duas canoas de que os colonos dispunham. Mas, tiveram que regressa r pois foram impedidos de prosseguir pelas três pessoas que os interceptaram.
Os bugres passaram então a festejar seu sucesso com grande alarido defronte da casa das vítimas, em volta de uma grande fogueira, dançando, gritando e devorando os animais abatidos sem no entanto tornar a molestar os sitiados durant e o resto da noite.
Na manhã seguinte após passarem a noite inteira em vigilia, os colonos, apavorados, perceberam que o número de bugres dobrara, tornando-se sempre mais atrevidos. Rondavam em pequenos grupos, sentavam-se nos troncos das árvores, grit avam etc. Já haviam despojado os assassinados de suas roupas e um dos bugres vestiu uma camisa, outro um casaco, um terceiro um gorro e assim dançavam como loucos diante dos sitiados sem, no entanto, ficar ao alcance dos tiros e nem se arriscar a um ataque.