segunda-feira, setembro 18, 2006

CONVERSAS SÓCIO-LÓGICAS II

Cintia Elizabete says:

Oi
Cintia Elizabete says:

Tava em outra sala
Cintia Elizabete says:

Fala
says:

quero conhecer sua casa
Cintia Elizabete says:

Vamos combinar algum dia. Só não entendo o porque da pressa.
says:

hahahahahaha
says:

tem pressa nao....
Cintia Elizabete says:

...
says:

q foi?
says:

q q vc tem?

Cintia Elizabete says:

Nada ué
Cintia Elizabete says:

Tô ótima
Cintia Elizabete says:

Só não entendi nada de vc querer visitar o Turado de repente hehe
Cintia Elizabete says:

Continuo sem entender, só isso
Cintia Elizabete says:

Mas e vc, como está ???
Cintia Elizabete says:

Fora essa vontade louca de conhecer o Turano HEHE
says:

to bem
says:

trabalhando
Cintia Elizabete says:

Estudando, namorando ...
says:

eu conheci vigario, parada d lucas, vila vintem, cantagalo, mangueira, complexo do alemao....
says:

trabalhando, estudando, namorando, definhando...
Cintia Elizabete says:

Definhando foi ótimo.
Cintia Elizabete says:

E porque essa "maratona" nos morros ??? Algum motivo especial ???
says:

fimagem de "nenhum motivo explica a guerra"
Cintia Elizabete says:

Ahhh agora eu entendi
says:

mas o turano é pra conhcer mesmo. nuncafui, tao perto da minha casa... é um absurdo!
Cintia Elizabete says:

Tu acha um absurdo ???
Cintia Elizabete says:

Comédia
says:

claroq sim!!
says:

tem q levar os escoteiros "do asfalto" pra lá!
Cintia Elizabete says:

Muito bonita a sua ideologia, mas nada prática
says:

pq?
Cintia Elizabete says:

Se temos a violencia que temos nesses "centros urbanos" que são as comunidades (antes chamadas de morro, agora não pode mais) pra que vou levar as pessoas pra lá ???
Cintia Elizabete says:

Eu já disse, não gosto de morar lá. Mas o faço por falta de opção.
Cintia Elizabete says:

Na primeira oportunidade eu saio.
says:

Eu tô querendo fazer o caminho inverso.
says:

Mas eu nao entendi direito sua formulação.
says:

comnidade = violência ?
says:

é isso?
Cintia Elizabete says:

É complicado vc ter pessoas fumando baseado na sua porta; De vc levar uma visita na sua casa e ela se deparar com um jovem de fuzil ou outra arma na mão; Ver a inversão de valores, onde as crianças preferem ser o "bandido" do que o "mocinho" nas brincadeiras.
Cintia Elizabete says:

Todos esses fatores me entristecem bastante.
Cintia Elizabete says:

É por isso que eu luto pelo Movimento Escoteiro
Cintia Elizabete says:

Acho que é um bom caminho para a socialização e formação do jovem
says:

mas isso tudo é o resultado histórico de um processo civilizatorio no qual vc quer ingressar. todos os movimentos escoteiros e projetos sociais, apesar d serem bons caminhos d alternativas, nunca darão conta de resolver essa problemática. A nunca coisa que resolverá é o povo consciente e lutador.
Cintia Elizabete says:

Concordo plenamente !!!
Cintia Elizabete says:

Mas não acho que esses projetos deveria acabar.
Cintia Elizabete says:

Só o povo "consciente e lutador" não resolve por si só.
Cintia Elizabete says:

Tem vários fatores somados pra mudar tal situação.
says:

p.s. em nenhum momento falei q esses projetos devem acabar, ok?
Cintia Elizabete says:

Mas não acredita neles
Cintia Elizabete says:

"A nunca coisa que resolverá é o povo consciente e lutador."
Cintia Elizabete says:

Não concordo que seja a ÚNICA coisa e sim VÁRIOS fatores agregados.
says:

Não acredito nos AfroReggaes e nos Crianças Esperanças por motivos distintos. O primeiro tem a pretensao de redistribuir renda, porem só forma em seus nucleos musicos etc, nao formam cidadaos criticos. Formam musicos acriticos q rapidamente same da favela. Vigario geral tem um dos piores IDHs do Rio
says:

o crianç a esperança é a enganação do povão.
says:

a esmola do inimigo.
says:

a crueldade da classe média.
Cintia Elizabete says:

Eu tb não gosto desses movimentos, e nem os apoio
Cintia Elizabete says:

Só não entendo o seu "propósito" de se "afiliar" a favela
says:

Acho sim q sao varios fatores congregados, mas ao olhar mais criticmente toda a situação, acho q só quem pode fazer algo mesmo é quem sofre diariamente a crueldade e a opressão.
Cintia Elizabete says:

E vc acha que a maioria QUER ???
Cintia Elizabete says:

Não me acho melhor nem pior que ninguém. Mas a maioria das pessoas que lá vivem, estão ACOMODADAS com a situação.
says:

Nao tem muito proposito na minha mudança.
Cintia Elizabete says:

E não vão querer que alguém do asfalto venha os ensinar como.
says:

Nao digo acamodadas, talvez anistesiadas. enquanto houver trafico d drogas, igreja evangeliza e rede globo, a coisa fica dificil mesmo. todos os meios comunicação estao dominados!
Cintia Elizabete says:

Vc está dominado ???
says:

tudo
says:

por isso q nao tenho duvidas: tem q se começar na base.
Cintia Elizabete says:

Inclusive vc, é o que pergunto
says:

Eu nao, mas no meu trabalho sim.
Cintia Elizabete says:

Então !!! Acredito que ainda há salvação.
says:

è uma diferença ideologica grande. Afirmo as contradições.
Cintia Elizabete says:

Comigo são dois "não dominados".
Cintia Elizabete says:

E o que vc sugere ???
Acha que pode fazer tudo sozinho ???
says:

logico q nao. ta achando q eu to querendo fazer a revoluçao social sozinho? sozinho nao.......
Cintia Elizabete says:

Menos mal.
says:

mas esse mundinho q ignora as pessoas, esse mundinho individualista nao quero.
Cintia Elizabete says:

Do que vc tá falando ???
says:

Dessa vidinha individualista que somos obrigados a ter, essa vidinha mediocre e preconceituosa com nós mesmos e com nossos sentimentos.
Cintia Elizabete says:

Entendo
Cintia Elizabete says:

Mas tudo nos leva a sermos "individualistas". Queremos uma vida melhor, uma sociedade mais digna e tudo mais, mas temos que começar por nós mesmos.
says:

como?
Cintia Elizabete says:

Temos que pensar no individual pra depois conseguirmos trabalhar com o coletivo
Cintia Elizabete says:

Foi isso que quis dizer
says:

como?

says:

Qual seria a diferença entre o Brasil e a África do Sul? Uma diferença só de aparência ou de tática. a África do Sul explicita claraamente sua política de superioridade racial branca, enquanto o Brasil branco preferiu um caminho mais curto e direto: age com uma consciência de superioridade racial.
says:

Basta verificar os laços íntimos que o Brasil manteve ( e mantém ) com a União Sul-Africana durante todo o processo de descolonização da África, a ponto de contribuir para a gestação, ao lado da Argentina e do Chile de Pinochet, de um Tratado do Atlântico Sul, inspirado no Tratado do Atlântico Norte
says:

cuja missão seria a de garantir pela força a hegemonia da raça branca e do imperialismo ocidental naquela área geográfica africana.
Outra diferença: o racismo aberto, frontal e legalizado da União Sul-Africana permite ao negro africano tomar consciência de sua opressão e lutar contra os obstáculos.
Cintia Elizabete says:

Tá, muito bonito. Mas o que vc sugere pra mudar ???
Cintia Elizabete says:

Vai subir nos morros e "pregar" para que o povo "reaja" ???
says:

cuja missão seria a de garantir pela força a hegemonia da raça branca e do imperialismo ocidental naquela área geográfica africana.
Outra diferença: o racismo aberto, frontal e legalizado da União Sul-Africana permite ao negro africano tomar consciência de sua opressão e lutar contra os obstáculos
Cintia Elizabete says:

...
says:

contra os obstáculos da máquina policial militar objetivando sua libertação. Enquanto no Brasil o covarde, dissimulado e traiçoeiro racismo do "amigo" paternalizador, do benevolente herdeiro do senhor de engenho, opera através da lavagem cerebral ( meios de comunicação, educação, instituições cultur
says:

instituições culturais etc.), uma espécie de domesticação que visa exonerar o negro da mínima autodefesa, principalmente do necessário e saudável sentimento de revolta.
says:

O racismo brasileiro, entre outros instrumentos ofensivos, utiliza a aniquilação psíquica do negro, a ausência ou dificuldade de emprego ( ainda que inferior ), o constante cerco policial, assim como a destruição silenciosa pela fome; com tais recursos tem evitado o uso declarado de medidas legais q
Cintia Elizabete says:

Vc tá copiando e colando ???
Cintia Elizabete says:

Estávamos conversando tão bem ...
says:

medidas legais que institucionalizariam uma luta ostensiva e frontal contra o negro consciente e insubmisso.

Abdias do Nascimento 1981
"Sitiado em Laos"
Cintia Elizabete says:

...
says:

leu?
says:

tem q ler!
Cintia Elizabete says:

Já li
says:

conhece o abdias?
Cintia Elizabete says:

Não

says:

www.tufosesujeiras.blogspot.com
Cintia Elizabete says:

É, tô no seu blog
Cintia Elizabete says:

Não sei se é uma honra ou não
says:

posso deixar?
Cintia Elizabete says:

Bom se for pra me "ridicularizar" por não saber quem é Abdias, não.
Cintia Elizabete says:

Caso contrário sim.
Cintia Elizabete says:

???
Cintia Elizabete says:

Tchau, deu minha hora
Cintia Elizabete says:

Fui

2 comentários:

  1. Zé Kéti ia encontrar comigo no jornal pra gente ir junto para o Zicartola e pegava o Paulinho, que era Paulo César, que trabalhava em frente ao meu jornal, eu trabalhava na sucursal da Folha de São Paulo, e o Paulinho trabalhava na frente, na agência do Banco Nacional, ele pegava o Paulinho e ia para lá. E uma vez o Zé Kéti falou pra mim. "Paulo César não é nome de sambista,a gente tem que arranjar um nome pro Paulo César." E eu sempre gostei do nome do Mano Décio da Viola, sempre adorei esse nome do compositor do Império Serrano e aí eu sugeri Paulinho da Viola. Então eu conto essa história, mas dou parceria ao Zé Kéti, porque a idéia foi dele.

    Sérgio Cabral

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  2. Nesse estado não natural da sociedade, as únicas pessoas que possuem qualquer renda além dos resultados imediatos de sua indústria são os acionistas, que concentram quase todo o aluguel da terra e das casas, além do produto de todas as taxas alfandegárias e impostos.São homens, sem ligação com o Estado, que podem usufruir de sua renda em qualquer parte do globo onde decidam residir, que naturalmente ocultar-se-ão na capital ou em grandes cidades e que mergulharão na letargia de um luxo estúpido e regalado, sem espírito, ambição ou entretenimento.Adeus a todas as idéias de nobreza, fidalguia e família. Os valores poderão ser transferidos rapidamente e, encontrando-se numa situação tão instável, dificilmente serão transmitidos de pai para filho, durante três gerações. Se alguma vez permanecessem por longo tempo numa família, não transmitiriam autoridade hereditária ou crédito ao possuidor. Dessa forma, as várias camadas de homens que formam uma espécie de magistratura independente dentro de um Estado, instituída por obra da natureza, encontram-se inteiramente perdidas, e todo homem de autoridade deriva sua influência apenas da delegação do soberano. Não resta qualquer expediente para prevenir ou suprimir insurreições se não os exércitos mercenários. Nenhum expediente resta para resistir à tirania. As eleições são manipuladas apenas pelo suborno e pela corrupção e, estando totalmente removido o poder intermediário entre o rei e o povo, deverá prevalecer infalivelmente um rigoroso despotismo. Os proprietários de terra, desprezados por sua pobreza e odiados por suas opressões serão totalmente incapazes de fazer-lhe qualquer oposição.

    o pior dos mundos para David Hume.

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