quinta-feira, fevereiro 17, 2005


FALO
roni bala
Poderia escolher na vitrine a mulher que melhor lhe coubesse. Algumas eram caras demais, não valiam a pena. Outras não tinham o tamanho adequado. Acabou por escolher uma morena um pouco mais baixa que ele.
"Para viagem, por favor!"
Assim se sentia nas noites. Mulheres e Homens lindos se oferecendo sem pudor. Levou sua morena para casa após algumas doses tomadas ainda na boate.
Transaram a noite inteira.
No dia seguinte, acordou com café da manhã na cama, um sorriso e um "eu te amo".
Devolveu o brinquedo, defeito de fabricação. Posted by Hello

8 comentários:

  1. Defeito de fabricação? Poxa...tá mais pra bônus ou função extra...um brinde da loja, de repente...Mas sabe, tenho uma visão parecida sobre esse assunto...às vezes tenho a impressão de estar em um açougue. Todos nós viramos carnes nesses lugares...gostei do seu blog!

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  2. mas de quem sera o defeito de fabricação?
    não especifico...

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  3. Bom, acho que sempre a gente tem algum defeitinho de fabricação!! Se a gente fosse perfeito não ia ter graça! Mas escutar um eu te amo não faz mal a ninguém! Isso sim tá em falta no mercado:amor!

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  4. admiráveis coisas já não tão novas desse mundo. "amor mal feito depressa, fazer a barba e partir.." "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e td mundo me quer bem.." coisas assim circulam por aí e quem não ler o manual antes - ATENÇÃO! oferecem até Personal Sex Trainers! - vai se aninhar num fogo de lareira, quando não passa de um microondas automático quer o indivíduo embalado (e já violado) ou não queira..!
    as incongruências são enormes. se, em parte militamos o assombro de nossos pais ao invés de nos entregarmos a total "liberdade", é impossível também não oscilarmos com essa pregação alucinante por aí! mas de q valem encontros mecânicos, palavras, gestos e carinhos repetidos pra pessoas diferentes? isso é crime de lesa-amor! aí, somos aqueles que por hormônios dominantes somos obrigados a quebrar a cara se confundimos a fonte que esquenta o coração..

    cupuaçu

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  5. - Puta que o pariu !!! - disse ele ao ouvir a frase insatisfatoria.

    Levantou. foi no banheiro. Abriu a torneira e se olhou no espelho. Fechou a torneira.

    Devolveu.

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  6. Tudo começa quando dentre um dos dois (o casal), um terá de decidir: pelo prato do dia, onde deve ser colocada a toalha molhada, se é lícito ou não sair sem a companhia do outro, se é possível ou não ver "pornografia" e se satisfazer com isso, se votar no PFL ou no PPS constitui questão ideológoca ou não, ...

    A questão surge quando, depois do orgasmo, você quer ou não ficar ali, ao lado, para sentir o cheiro legítimo de tanto trabalho colaborativo. Quer dizer, dormir junto ou não? Me preocupar ou não com aquela pessoa por quem fui penetrado(a)?

    O problema aparece quando não podemos supor que quem nos interessa também tem interesse em outras pessoas e as pessoas por ela muuuito se interessam... Entra, aí, uma enorme carga de instinto "patrimonial"!

    Lacan...Lacan... Onde estás que não responde? Mas ele disse que a relação escravo e senhor "começa por um impasse, porque o seu reconhecimento pelo escravo não vale nada para o senhor, já que é apenas um escravo que o reconhece, quer dizer, alguém que ele não reconhece como um homem. (...) Uma lei se impõe ao escravo, que é a de satisfazer o desejo e o gozo do outro. Não basta que ele peça mercê, é preciso que vá ao trabalho".

    Eu pergunto: haveria um meio de não trabalhar? haveria uma forma de não falhar? Defeito de fabricação é o gozo do outro!


    http://companhianomala.myphotoalbum.com

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  7. Se a época é de descartáveis, construa o seu próprio produto. Em q prateleira do supermercado a gente consegue comprar amor?

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  8. tem gente que acorda querendo amar. depois do café, já bem alimentada, o vazio passa e esta revelação se esvazia com os afazeres do dia. acho que este homem poderia ter se divertido um pouquinho mais de manhã...

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